Neste interregno escolar, continuamos a desafiar os mais jovens para a leitura, desta vez com seis títulos da coleção Tesouros da Literatura da Editora Fábula, chancela literária infantojuvenil do Grupo 20|20 Editora, que reúne obras de referência da literatura mundial.
 RAPARIGAS REBELDES
Se tivéssemos de eleger as personagens femininas mais famosas da literatura infantojuvenil, Alice e Sofia não poderiam faltar.  
Nas palavras da escritora Carla Maia de Almeida, que assina a tradução e
 o prefácio da obra, «Alice é a primeira heroína moderna da literatura 
infantojuvenil, precursora de outras personagens que se libertaram dos 
limites fixados para as crianças responsáveis e obedientes.» É sempre 
boa altura para ler ou reler Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, um eterno clássico que continua a fascinar crianças e adultos em todo o mundo.
Os Desastres de Sofia
 é um dos títulos mais conhecidos da Condessa de Ségur (1799-1874), 
autora lida por muitas gerações. Divertida e enternecedora, a história 
revela a liberdade, a ousadia e a bondade de Sofia, uma menina com uma 
imaginação prodigiosa. Os desastres sucedem-se e, de todos, Sofia tira 
uma lição. Tal como ela aprende com os erros, também as crianças irão 
aprender e divertir-se com os sarilhos em que ela se mete.
VIAGENS E AVENTURA
 Este género de clássicos leva-nos a viajar por mundos desconhecidos e a viver toda a espécie de loucas aventuras.
Publicado há 300 anos, Robinson Crusoé,
 de Daniel Defoe (1660-1731), é uma obra-prima incontestável da 
literatura universal. Como nos diz o prefácio de Carla Maia de Almeida, 
«o estilo de Daniel Dafoe é ágil e direto, o que torna as suas longas 
descrições fáceis de ler. É precisamente a abundância de pormenores que 
enriquece a narrativa, tornando-a muito visual e até cinematográfica.» 
Esta história é um exemplo de superação e de como, respeitando os 
recursos disponíveis, podemos ultrapassar as dificuldades com 
perseverança, paciência, inteligência e imaginação.
 Jonathan Swift (1667-1745) escreveu um livro que todos os viajantes conhecem.
As Viagens de Gulliver é
 relato das viagens de Lemuel Gulliver por lugares habitados por seres 
improváveis, desde os pequenos liliputianos até aos gigantes altivos e 
gananciosos de Brobdingnag. Como sublinha Maria do Rosário Pedreira no 
prefácio, a obra não podia ser mais atual: «numa altura em que o mundo, 
em vez de aprender com os erros do passado e se tornar mais aberto e 
generoso, está cheio de governantes que mandam erguer muros para evitar a
 entrada de pessoas que procuram uma vida melhor, ou se recusam a deixar
 desembarcar nos seus portos famílias que vêm a fugir de guerras 
terríveis, este romance de Swift é de uma atualidade desconcertante. E 
porquê? Porque nos fala essencialmente do Outro». 
 FANTASMAS E DETETIVES
O génio irónico de Oscar Wilde e os poderes dedutivos de Mr. 
Holmes, em dois clássicos para fãs de intriga e mistério, com muito 
humor à mistura.
Considerado um dos melhores contos tragicómicos de sempre, O Fantasma de Canterville
 é uma espécie de «história de terror sem o terror». Uma família 
americana decide instalar-se num castelo assombrado em Inglaterra, 
importunando o fantasma que lá vive, Sir Simon Canterville, que por ali 
vagueia há 300 anos. Desde as partidas maldosas dos temíveis gémeos Otis
 à indiferença da Sra. Otis, o velho fantasma não sabe o que fazer da 
vida. Só a doce Virgínia, a filha mais velha, vai entender a extensão de
 seu sofrimento e ajudá-lo a encontrar a almejada paz. Datada de 1891, 
esta narrativa é loucamente divertida ou não tivesse o cunho genial e 
sempre irónico de Oscar Wilde (1854-1900).
Mesmo sem poder viajar, fácil é sermos transportados para Londres, em 
concreto para o n.º 221B de Baker Street. A morada é ficcional, mas que 
importa? As melhores viagens são as da imaginação. Para isso, basta 
abrir As Aventuras de Sherlock Holmes e espreitar por entre o fog
 londrino para ver o que anda a fazer o detetive mais famoso de todos os
 tempos. Este volume reúne alguns dos melhores contos policiais de Sir 
Arthur Conan Doyle (1859-1930), passados em Inglaterra, no final do 
século XIX. O narrador é o leal Dr. Watson, participante e observador 
atento que regista com admiração as aventuras do seu amigo. Os 
emocionantes casos de Sherlock Holmes continuam a conquistar leitores e 
criadores de todas as formas de arte.
Os melhores clássicos juvenis continuam a cativar leitores de todas as idades, pois o fascínio que exercem é intemporal e transversal a todas as gerações. As edições da Fábula incluem prefácios que contextualizam a obra e o autor, e apresentam sempre a versão integral do texto.