terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Tesouros da Literatura Infantojuvenil

Neste interregno escolar, continuamos a desafiar os mais jovens para a leitura, desta vez com seis títulos da coleção Tesouros da Literatura da Editora Fábula, chancela literária infantojuvenil do Grupo 20|20 Editora, que reúne obras de referência da literatura mundial.

 RAPARIGAS REBELDES
Se tivéssemos de eleger as personagens femininas mais famosas da literatura infantojuvenil, Alice e Sofia não poderiam faltar.  
Nas palavras da escritora Carla Maia de Almeida, que assina a tradução e o prefácio da obra, «Alice é a primeira heroína moderna da literatura infantojuvenil, precursora de outras personagens que se libertaram dos limites fixados para as crianças responsáveis e obedientes.» É sempre boa altura para ler ou reler Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, um eterno clássico que continua a fascinar crianças e adultos em todo o mundo.
Os Desastres de Sofia é um dos títulos mais conhecidos da Condessa de Ségur (1799-1874), autora lida por muitas gerações. Divertida e enternecedora, a história revela a liberdade, a ousadia e a bondade de Sofia, uma menina com uma imaginação prodigiosa. Os desastres sucedem-se e, de todos, Sofia tira uma lição. Tal como ela aprende com os erros, também as crianças irão aprender e divertir-se com os sarilhos em que ela se mete.

   
VIAGENS E AVENTURA
 Este género de clássicos leva-nos a viajar por mundos desconhecidos e a viver toda a espécie de loucas aventuras.
Publicado há 300 anos, Robinson Crusoé, de Daniel Defoe (1660-1731), é uma obra-prima incontestável da literatura universal. Como nos diz o prefácio de Carla Maia de Almeida, «o estilo de Daniel Dafoe é ágil e direto, o que torna as suas longas descrições fáceis de ler. É precisamente a abundância de pormenores que enriquece a narrativa, tornando-a muito visual e até cinematográfica.» Esta história é um exemplo de superação e de como, respeitando os recursos disponíveis, podemos ultrapassar as dificuldades com perseverança, paciência, inteligência e imaginação.
 Jonathan Swift (1667-1745) escreveu um livro que todos os viajantes conhecem.
As Viagens de Gulliver é relato das viagens de Lemuel Gulliver por lugares habitados por seres improváveis, desde os pequenos liliputianos até aos gigantes altivos e gananciosos de Brobdingnag. Como sublinha Maria do Rosário Pedreira no prefácio, a obra não podia ser mais atual: «numa altura em que o mundo, em vez de aprender com os erros do passado e se tornar mais aberto e generoso, está cheio de governantes que mandam erguer muros para evitar a entrada de pessoas que procuram uma vida melhor, ou se recusam a deixar desembarcar nos seus portos famílias que vêm a fugir de guerras terríveis, este romance de Swift é de uma atualidade desconcertante. E porquê? Porque nos fala essencialmente do Outro». 
 
 FANTASMAS E DETETIVES
O génio irónico de Oscar Wilde e os poderes dedutivos de Mr. Holmes, em dois clássicos para fãs de intriga e mistério, com muito humor à mistura.
Considerado um dos melhores contos tragicómicos de sempre, O Fantasma de Canterville é uma espécie de «história de terror sem o terror». Uma família americana decide instalar-se num castelo assombrado em Inglaterra, importunando o fantasma que lá vive, Sir Simon Canterville, que por ali vagueia há 300 anos. Desde as partidas maldosas dos temíveis gémeos Otis à indiferença da Sra. Otis, o velho fantasma não sabe o que fazer da vida. Só a doce Virgínia, a filha mais velha, vai entender a extensão de seu sofrimento e ajudá-lo a encontrar a almejada paz. Datada de 1891, esta narrativa é loucamente divertida ou não tivesse o cunho genial e sempre irónico de Oscar Wilde (1854-1900).
Mesmo sem poder viajar, fácil é sermos transportados para Londres, em concreto para o n.º 221B de Baker Street. A morada é ficcional, mas que importa? As melhores viagens são as da imaginação. Para isso, basta abrir As Aventuras de Sherlock Holmes e espreitar por entre o fog londrino para ver o que anda a fazer o detetive mais famoso de todos os tempos. Este volume reúne alguns dos melhores contos policiais de Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), passados em Inglaterra, no final do século XIX. O narrador é o leal Dr. Watson, participante e observador atento que regista com admiração as aventuras do seu amigo. Os emocionantes casos de Sherlock Holmes continuam a conquistar leitores e criadores de todas as formas de arte.

Os melhores clássicos juvenis continuam a cativar leitores de todas as idades, pois o fascínio que exercem é intemporal e transversal a todas as gerações. As edições da Fábula incluem prefácios que contextualizam a obra e o autor, e apresentam sempre a versão integral do texto. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

As Formigas Vão Salvar o Planeta de Philip Bunting

Às vezes, as respostas às perguntas mais importantes da vida estão nos sítios mais improváveis!

As formigas são seres impressionantes. Conseguem carregar mais de 10 vezes o seu peso, reciclam e estão sempre prontas a ajudar. 

Autor: Philip Bunthing* | Edição: Booksmile | Coleção Fora de Coleção 4+

Neste livro divertido, vamos conhecer o mundo das formigas e descobrir como é que podemos aprender com a sua sabedoria milenar para salvar o planeta! Vamos a isso!

As ilustrações coloridas, divertidas e muito rigorosas deste livro vão conquistar os mais novos, explicando conceitos que são abordados na escola.

Perfeito para pais e filhos explorarem, de forma clara e descomplicada, temas tão complexos mas tão importantes nos dias de hoje!

Idade recomendada: a partir dos 4 anos 

*Philip Bunting é autor e ilustrador de livros para crianças e para pais. O seu trabalho encoraja deliberadamente a interação entre o adulto e a criança, fomentando a diversão e um genuíno envolvimento intergeracional.

 

Philip acredita que quanto mais a criança se divertir durante as suas primeiras experiências de leitura, mais irá recorrer aos livros, melhorar as suas competências literárias e retirar prazer da leitura e da aprendizagem.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

A Estrela Que Vejo da Minha Janela - novidade

ANTES DE LEVANTARMOS VOO... 

Esta história foi escrita para toda a gente. Mas é também uma história que pode angustiar ou perturbar quem estiver a viver ou a assistir a um ambiente abusivo em sua casa, tendo por isso de ser especialmente forte e corajoso. Se for esse o teu caso e te preocupar o facto de alguém que conheces estar a ser vítima de maus‑tratos, consulta as últimas páginas do livro para ficares a saber mais sobre as pessoas que estão prontas, e mais do que prontas, para te ajudar a ti e àqueles que amas. Seja qual for o teu tamanho... 

"Sempre quis ser uma Caçadora de Estrelas.Toda a gente lhes chama astrónomos, mas eu acho que «Caçadora de Estrelas» soa muito melhor, por isso é o que chamo àquilo que serei. Mas não vou ser uma caçadora em busca de estrelas antigas. Eu quero descobrir as novas: as acabadas de nascer, que andam à procura das pessoas que deixaram. Li uma vez num livro da biblioteca que as estrelas podem brilhar durante milhões e biliões, e até mesmo triliões de anos. Espero que isso seja verdade, porque há uma estrela que eu nunca quero que deixe de brilhar. Ainda não sei onde está, mas sei que anda por aí algures, à espera de que eu a encontre.Na casa verdadeira onde vivia com os meus pais, tinha no meu quarto três prateleiras inteiras cheias de livros, e pelo menos metade deles eram sobre estrelas e viagens espaciais. As paredes e o teto estavam cheios de pósteres e estrelas que brilhavam no escuro, que os meus pais me tinham comprado depois de eu pedir muito. Mas o melhor do meu quarto era um globo celeste muito especial, que tinha mesmo ao lado da cama. De muito longe, parecia um globo terrestre, mas não era. Era um globo do céu noturno que, quando se acendia, em vez de países e oceanos, fazia brilhar todas as constelações de estrelas que se possa imaginar. Sempre que o acendia, mostrava uma nova constelação, e eu sabia ‑as todas de cor. É por isso que não vou ter dificuldade em descobrir estrelas novas quando for caçadora de estrelas: quando conhecemos uma imagem de trás para a frente, sabemos logo quando há algo de novo nela. (...)"

Uma história que explora o impacto silencioso da violência doméstica, celebrando o enorme poder da esperança, da resiliência e da amizade. 

Autor: Oniali Q. Raúf | Edição: Booksmile | Janeiro/2021

Da autora do multipremiado O Rapaz ao Fundo da Sala, chega-nos um livro doce e encantador. Uma história mais que perfeita, contada pela voz de uma criança.

Idade recomendada: + 9 anos

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

TÍMIDOS de Simona Ciraolo

 
"Anda por aí um miúdo novo. Mas não é fácil descobri-lo.
O Maurício é um pequeno polvo-panqueca muito tímido.
Prefere ficar sossegado no seu canto e não dar nas vistas.
Um dia, convidam-no para uma festa. Não lhe apetece mesmo nada ir..."

Simona Ciraolo fala-nos de timidez e amizade, neste seu novo álbum enternecedor e divertido.

Uma edição da Orfeu Mini, novidade de 2021. Também da autora na ORFEU MINI: "Quero um abraço", "O Rosto da Minha Avó" e "O Que Aconteceu à Minha irmã?"

domingo, 17 de janeiro de 2021

"Coração de Vidro" de José Mauro de Vasconcelos

"Era uma vez... uma fazenda imensa.  

No pátio do fundo existia uma mangueira moça.  

Pelos campos bem verdes e iluminados de sol, eram criados os cavalos de corrida. 

Na mata, os passarinhos aprendiam a cantar livremente. 
 
E o vento — e que vento doce! — balouçava os grandes milharais, que cada vez se tornavam mais cor de fogo. 
 
No lago, os peixes vermelhos nasciam para mais tarde serem transportados aos aquários da cidade.  
 
Tudo era lindo, muito lindo, na fazenda.  
 
Mas os homens estragavam tudo..."
 
As quatro histórias que compõem este livro têm como cenário uma fazenda no Brasil e estão ligadas entre si. Os protagonistas são seres vivos inocentes que são afetados pela irresponsabilidade e pela insensibilidade do Homem. São eles: um pássaro azul, um peixe vermelho, um cavalo louro e uma mangueira frondosa, cheia de sonhos. O tempo passa e as mudanças fazem-se sentir no espaço e na vida de todos os seus habitantes.

 «Coração de Vidro» é de 1964. Ainda era uma época em que não se falava tanto assim na destruição do equilíbrio ecológico do Planeta. Mesmo assim, como se previsse o que viria, o livro transforma a relação do ser humano com a natureza — e a preservação do meio ambiente — em histórias simples, mas tocantes, de amor e perda. Tantos anos depois, estas fábulas estão aqui para nos fazer pensar que deixar para trás essa magia tem que ver com os riscos à sobrevivência da Terra.»

 in Leitura Complementar de Luiz António Aguiar

Edição: Fábula, volume de contos de José Mauro de Vasconcelos, o sétimo livro da coleção dedicada ao famoso escritor brasileiro.

"Talvez" de Morris Gleitzman

"Talvez não aconteça. 

Talvez fique tudo bem. 

Talvez eu devesse parar de pensar nas coisas más e concentrar ‑me nas coisas boas. 

Como esta bela paisagem campestre por onde caminhamos. Pássaros a chilrear e borboletas a esvoaçar, sem que sejam atingidos por nenhuma explosão. 

E esta poeira na estrada. É uma excelente poeira. É macia sob as nossas botas. Suaviza o caminho às rodas da nossa carroça. Esta é a melhor coisa que se pode pedir quando se tem uma mulher grávida dentro da carroça. (...)

Mas a minha coisa preferida é esta brisa de primavera, morna e perfumada. De todos os anos em que estive vivo, 1946 é sem dúvida o melhor ano de brisas perfumadas. (....)

 — Alegra ‑te, Felix — diz a Anya, da carroça. — Estás com uma cara carrancuda de nazi.

Também olho indignado para ela. Abro a boca para lhes falar da brisa perfumada e da poeira macia. Mas, por alguma razão, as palavras ficam presas e não me saem. 

— Estás a fazê ‑lo outra vez, não estás? — pergunta o Gabriek. — A pensar numa certa pessoa. 

Abano a cabeça. Aponto para uma borboleta. 

— Felix — diz o Gabriek, baixinho. — Combinámos não pensar nele. Ele tem razão. Combinámos. 

— Estou a tentar — respondo. — Mas é difícil. (...)"

Estamos em 1946 e Felix, um rapaz judeu de 14 anos, está de partida da Polónia para a Austrália, à procura de um sítio seguro onde possa recomeçar a sua vida. A guerra terminou, mas a Polónia está em ruínas e não é um lugar onde ele e o seu amigo Gabriek se sintam a salvo.Com eles vive Anya, que está grávida e completamente dependente da proteção deles.

Felix é um herói que nos comove pela sua esperança e bondade. Uma história emocionante que não deixará ninguém indiferente.

Autor: Morris Gleitzman | Edição: Fábula | Coleção Estrelas da Literatura Juvenil (Livros que te surpreendem pela história, que te atraem pela imagem, que te conquistam pela mensagem, que se distinguem como estrelas brilhante.)

Para todas as crianças que sonharam com um lugar seguro. E para todos os países que o proporcionaram.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

"O Bolo de Maçã" - novidade!

"Obrigada, árvores, obrigada, arbustos.
Obrigada, flores, obrigada, abelhas.(...)"
 
Neste início de ano, em plena pandemia, este álbum relembra como é importante valorizar as coisas simples, os momentos passados em família e na natureza, e demonstrar gratidão e apreço a quem nos rodeia e torna a vida mais humana e calorosa: familiares, amigos, vizinhos, professores.

Texto: DawnCaseyé | Iustração: Genevieve Godbout | Edição: Fábula

Dawn Caseyé uma autora americana de livros infantis. Alguns dos seus livros foram distinguidos pela crítica e foram galardoados com prémios literários. 

Genevieve Godbout nasceu no Canadá, onde estudou animação. Prosseguiu os estudos em Paris e trabalhou em Londres durante 7 anos para a Walt Disney Company. Voltou a Montreal onde trabalha como ilustradora.

 

Com o novo confinamento, a Fábula sugere um livro ilustrado com uma mensagem positiva sobre gratidão e bondade, e que inclui uma proposta de atividade em casa com as crianças (a receita de um bolo para confeção em família).

 

Uma história reconfortante e carinhosa, ideal para o começo do ano, que nos ensina a ir buscar forças e ânimo às pequenas coisas que somos afortunados por ter.