Texto: Kyle Lukoof | Ilustração: Mark Hoffmann
Tradução: Mafalda Cordeiro | Edição: Nuvem de Letras
Quando os pianos automáticos chegaram à cidade, Alfredo Vates percebeu que tinha chegado o momento de mudar de trabalho. Depois de anos dedicados às regras do solfejo, às subtilezas do dedilhado, ao verso e ao reverso das sonatas, à cor que a alma empresta à música, sentia que não tinha mais nada para ensinar. E na verdade, pensava, com estas engenhocas modernas, qualquer palerma com o dedo espetado carrega num botão e o piano produz toda a sorte de música, inteiramente sozinho, com som cinco vezes mais claro e sem um único segundo perdido a ensinar.
Alfredo não fazia ideia de outro talento que pudesse ter dentro de si. Nunca precisara de pensar nisso, mas agora tudo à sua volta eram perguntas sem resposta.
Perguntas incuráveis, algumas antigas, outras acabadas de descobrir, como, por exemplo, esse oxímoro que se chamava Fábrica de Poemas. Que espécie de estranheza se passará dentro da fábrica dos poemas?, perguntava Alfredo.
Então os poemas não são criados artesanalmente?
Explosão na Fábrica de Poemas é uma história divertida de ler, mesmo que não saibamos a diferença entre um «soneto» e um «epitalâmio». Em todo o caso, o glossário, no final, dará uma mãozinha, explicando algumas palavras e os tipos de poemas, recorrendo a citações dos nossos poetas preferidos.
Citações de poemas recolhidas de acordo com recomendações da Educação Literária.
UMA HISTÓRIA QUE DÁ VIDA Á POESIA COMO NUNCA ANTES!
Idade recomendada: a partir dos 7 anos
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